Praça da Feira |
Feira Coberta |
Sua
altitude é de 918 metros do nível do mar e sua temperatura média é de 25º C.
Contando com ventos calmos, o local é bastante ideal para esportes aéreos como
voo livre, parapente, paraquedas, aero-planador, entre outros.
O
Município de Formosa tem uma área de 7.200 km quadrados, com seu relevo formado
por extensos chapadões e terras vermelhas, tendo ainda variações com lugares
baixos e planos elevados.
Formosa
está situada em privilegiada posição geográfica, no começo das três bacias
brasileiras. A do Amazonas representada pelo Ribeirão Bandeirinha, a do Prata
pelo Ribeirão Pipiripau e a do São Francisco pelo Ribeirão Santa Rita, tendo
sido em virtude disto, chamada pelo poeta goiano Leo Lince – “Berço das Águas
do Brasil”.
Entre
tantos rios e lagoas na cidade de Formosa, vamos destacar os mais conhecidos:
Rio Paranã, Rio Paraim, Rio Preto (que nasce na Biquinha do Mato da Bica e
recebe o Ribeirão Bezerra), Rio Urucuia, Rio Bonito, Lagoa Azul, Lagoa da
Espora, Lagoa da Vargem, Lagoa dos Veados, Lagoa do Corcunda, Lagoa do Paraim,
Lagoa Grande, Cachoeira do Timóteo, Cachoeira da Úrsula, Cachoeira do
Capetinga, Cachoeira do Paraim, Cachoeira da Água Fria, Cachoeira do Itiquira,
Cachoeira do Bisnau e outros.
No
entanto, existem rios, lagos e lagoas que foram invadidos pela população e hoje
em dia estão voltando com enchentes e alagamentos. Aqui falaremos de alguns
pontos críticos.
Entre a
Rua 01 e Rua 03 do Setor Primavera, existia um córrego que corria praticamente
todo o ano. Com o tempo, o então prefeito José Saad instaurou o Setor
Industrial às margens desse córrego, o qual chegou ao ponto de secar e, ainda
hoje, pode procurar a casa do “Serginho” atrás da Favorita Casa dos Pães e verá
o resultado de rachaduras e fissuras que sempre acontece naquele local.
A casa
271 da Rua 01 do Setor Primavera, bem como a casa que faz fundo à mesma (frente
à Rua Padre Thomé) foram construídas pelo senhor Alcides Ribeiro Pacheco,
morador hoje da Rua 09 do Setor Ferroviário. Essas casas foram construídas com
barro retirado da “Lagoa do Adobe”, que hoje é exatamente onde está o Colégio
Estadual José Décio. A região, possui ainda um lençol freático inativo, o que
pode ocorrer rachaduras e fissuras nas casas da localidade. Lembro ainda que é
uma grande região, pois outra lagoinha existia também onde hoje é a Praça Pedro
Chaves (Hotel Imperatriz) e que em 1938, a partir do Plano do Centenário,
idealizado pelo prefeito Antônio Jonas de Castro e realizado por Amaro Juvenal
de Almeida, foi permitido a construção do hotel e, logo mais tarde, a região da
lagoinha deu espaço a uma praça.
Não
obstante, abaixo da lagoinha, passava o córrego que descia da Lagoinha do Abreu
(que encontra canalizado e pode ser percebido frente à Drogaria Modelo),
córrego esse que recebia a água da Lagoinha do Abreu, da Lagoinha (da imperatriz),
da Lagoa do Adobe, do Córrego dos Oliveiras (que passava atrás da Favorita) e
outras águas. Esse córrego cortava a cidade, passando ao lado da área escolhida
por Padre Thomé para a construção do cemitério (1863) e chegava até a Lagoa do
Santos (pois era dentro da chácara do Sr. Santos). Essa área do Córrego da
Lagoinha é onde hoje abriga a Feira Coberta, a qual está exatamente abaixo da
área onde era a Lagoa do Adobe, e é uma área que frequentemente sofre com
alagamentos, mesmo tendo sido feito diversos sistemas de drenagens, iniciando
com a galeria construída por José Saad, o manilhamento feito por Jair de Paiva
e, por último, o manilhamento construído por Tião Caroço, que chegou a desviar
o curso das águas frente ao Cemitério da Concórdia, levando-a a desaguar no
córrego Josefa Gomes, que passou também a sofrer transbordamentos devido o
excesso do volume de águas.
Praça da Feira |
Ainda
mais abaixo, próximo ao Laguinho do Vovô, margeando a Avenida Califórnia
(frente à Maison Festas), temos uma área que está sendo dia após dia soterrada
e, sendo uma região brejeira, já tivemos diversos problemas com afundamento do
solo, principalmente próximo ao antigo DiCasa da Avenida Anhanguera.
Outro
ponto que sofre com muito alagamento é a região da chácara do Sr. Santos que,
após sua morte, diversos moradores passaram a morar ao redor da Lagoa do Santos
e a sua baixa altitude faz com que a água entre não seja suportada pela
canalização e invada as casas. A água da Lagoa do Santos após ter sido parcialmente desviada, avoluma demasiadamente as canalizações pluviais e chega a ocorrer atrocidades em outros pontos da cidade, como é o caso da Volta do Brejo.
Por falar na Volta do Brejo, esse é um local que antigamente sequer conseguia furar para colocar um padrão de energia, pois alcançava água do lençol freático. O local foi sendo construído e, devido sua baixa altitude em referência a outros pontos da cidade, se torna uma região crítica, pois acumula as águas da enxurrada e sofre com a rede pluvial que já recebe água de toda a região. As manilhas, mesmo sendo de 1,20m não suportam a quantidade de águas e supitam.
Por falar na Volta do Brejo, esse é um local que antigamente sequer conseguia furar para colocar um padrão de energia, pois alcançava água do lençol freático. O local foi sendo construído e, devido sua baixa altitude em referência a outros pontos da cidade, se torna uma região crítica, pois acumula as águas da enxurrada e sofre com a rede pluvial que já recebe água de toda a região. As manilhas, mesmo sendo de 1,20m não suportam a quantidade de águas e supitam.
Volta do Brejo (Setor nordeste) |
Volta do Brejo (Setor Nordeste) |
Córrego Josefa Gomes (Av. Ivone Saad) |
Córrego Josefa Gomes (Av. B) |
Alguns
estudos estão sendo feitos e, sendo um assunto de calamidade pública, temos
realmente que olhar com cuidado para que não tenhamos erros em nossos
julgamentos.
As fotos aqui apresentadas foram postadas no facebook por formosenses da realidade atual, sendo principalmente do compartilhamento de Valmir Moreira e Marina Coelho.
18
de dezembro de 2013
Feira Coberta |
É amigo Samuel, o povo nao respeita a natureza entao ela se revolta.
ResponderExcluirQuando morei em Formosa até 1969, não via estas enchentes.
ResponderExcluirLamento... nasci e vivi em Formosa até 1968.... minha casa era onde se encontra hoje a central da OI Telefonia. Lembro-me da mina... a casa pertencia aos meus avós, Professor Balduíno de Castro (Prof. Badu) e Leopoldina Alves de Souza. Além de professor era tbm responsável pelo Posto Meteorológico da cidade.
ResponderExcluirLamento... nasci e vivi em Formosa até 1968.... minha casa era onde se encontra hoje a central da OI Telefonia. Lembro-me da mina... a casa pertencia aos meus avós, Professor Balduíno de Castro (Prof. Badu) e Leopoldina Alves de Souza. Além de professor era tbm responsável pelo Posto Meteorológico da cidade.
ResponderExcluirQue bacana! Você tem fotos e documentos do seu avô? Me interesso pela história ambiental da cidade de Formosa e seu avô foi peça chave. Abraços!
ExcluirTriste ver essa ocupação desordenada, pessoal falta morar dentro da água, acabam com tudo
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